O livro de que irei falar essa semana é A Cidade Do Sol, de Khaled Hosseini, o mesmo autor de O Caçador De Pipas.
O livro se passa no oriente, no Paquistão, país conhecido pela religião rigorosa e desvalorização da mulher, e por acaso, vamos conhecer duas mulher bastante comuns de lá, retratadas no livro:
De um lado temos Mariam, uma garota do campo, filha bastarda de um homem bastante rico com sua empregada, Nana. Ela ama e admira o pai, porém sua mãe sempre disse que ele tinha vergonha dela, e enquanto as filhas legítimas frequentam os melhores locais e estudam nas melhores escolas, ela era educada por um padre voluntário, e nunca saía de perto de sua casa.
Acontece que um dia ela estava indo visitar seu pai e ele a evitou, deixando inclusive a garota ir dormir na rua, então quando ela voltou, sua mãe estava morta. Seu pai então a recebe em casa a contragosto, mas rapidamente casa-a com um velho sapateiro de 45 anos, e a jovem de 15 anos vai morar longe de tudo o que conhece. Ela sempre soube que um dia iria casar e dar filhos ao seu marido, mas, como o próprio autor diz, ninguém controla seu destino.
E do outro lado, temos Laila. Filha de um professor universitário, Laila cresceu em um ambiente apreensivo pela volta dos dois irmãos, que lutam na guerra. Laila tem noção de que a vida não é só se casar e ter filhos, e é dotada de grande inteligência e curiosidade, sempre incentivada pelo pai, e sabe que um dia terá um grande papel no mundo, mas ninguém controla o seu destino.
A Cidade Do Sol, ou traduzido ao pé da letra, Mil Sóis Esplêndidos, é a realidade do oriente médio pelos olhos de Khaled Hosseini, que imigrou de lá para os Estados Unidos, e é uma bela história de drama. Mostra que um ato pode mudar toda uma vida, e que nem sempre temos finais felizes.
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